sábado, 28 de julho de 2012

Não




Não queira a mim
Por mais que me adore
Não jogue fora teus dias
Por favor, me ignore

Não fui capaz de lhe dar
O amor que você merecia
Não fui capaz de realizar
Os sonhos nossos de um dia

Não se prenda a isso
Siga teu caminho adiante
Não se prenda a nosso passado
Pois está cada vez mais distante

Não há futuro ao meu lado
Minha companheira é a solidão
Não há paixão que me encante
Somente saudade e ilusão

Não conte com minhas mãos
Elas não te podem segurar
Não espere de mim amizade
Abandono é o que posso lhe dar

Não confie a mim teu segredo
Pois não posso tão pouco o ouvir
Não deposite a mim teus anseios
Tua presença não cabe aqui

Não peça ajuda a mim
No desespero do teu cantar
Não espere conselhos de mim
Pois nem mesmo me pude ajudar

Nesse coração assobrado
Ainda vive um resíduo de amor
Mas que pertence a alguém do passado
Que nem o cruel tempo levou

Nesse coração despedaçado
Ainda existe uma chama de dor
E esse grande amor do passado
Nem mesmo o vento apagou

domingo, 24 de abril de 2011

Paixão



Paixão. Dúvida e certeza. Tristeza e alegria.

A escuridão que ilumina a noite. A luz que escurece o dia.

Chama que esfria o coração. Gelo que aquece a vida.



Paixão. Perturbação e paz. Abandono e aconchego.

A dor que anestesia a alma. A valentia que desperta o medo.

O féu que adoça a boca. O mel que amarga o beijo.



Paixão. Insanidade e lucidez. Companheirismo e solidão.

A mentira que alimenta o sonho. A verdade que retira o chão.

A tempestade que produz a vida. A brisa que fere o coração.